sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sofro de tanto meu peito
Rebentar suas fibras pungentes
Por justamente não comportar
Tamanha paixão brilhante em si.

Se sincero encravo (como mandamentos)
Em pele cores mornas que por ti cultivo,
É meu sussurro que provoca tempestades
E chove no inverno fios de pérola alva.

Momento em que tu, bela escultura rubra,
Capta o som levitante que tráz,
Imensamente, o calor do sangue
E da carne qual sou feito.

Oh! Como é formoso teu riso
Que de farto galanteio ouso adormecer
Em teu abraço. Quero teu convite para um
Passeio no por-do-sol de minh'alma.

Amo-te. Em sonhos ou divagações.
Amo-te. Em todas as canções que escrevo.

Quero tua nuvem de canela turca
E a folha d'aurora colhida n'amoreira
Mais próxima da madeira de teu jardim.
Anseio por mais de tua boca e tuas mãos.

Sinto-me então confesso e desnudo
Diante dos olhos que canto sem fim.
Despertado por cravos d'Espanha
E pequenos abris.

Rosa é a cor da pétala de céu
Que emerge de teus cabelos ventantes.
E a deste sobre tuas mãos macias a mim,
Que sofro ao florescer amores sem fim.

O bem, o bom e o mau também
Deliram sobre liras de notas
Inquietantes, dessas que trago pensante
Na sutil e doce aproximação de mãos.

Despeço-me despedaçado de amor
Em brisa recitando aládo.
Amo-te como outono mergulhado
Em grandes quantidades de romance.

Nenhum comentário:

Postar um comentário