sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Neste Finalmente o ar tornou-me esclarecida.
Rodeou-me a contentação esparssa.
Hoje fumei o último cigarro da minha vida,
Num último sopro seco, sem nenhuma graça.

Decidi não mais contemplar, da morte, as bodas,
Nem sentir aquele vento do desencanto e desesperança.
Tornar-te quem tú és, de uma vez por todas,
Para nunca esquecer a cor de minha criança.

Lágrimas nas veias... Imensidão de astros...
Por ele a morte golpeia, seguindo incansável os rastros.
Mas sei que reina em meus seios, o sumo da vida plena.
Prefiro, por quê não, uns filhos, cheios d'água e mastros.

Este abismo não mais me envenena.
Quero tremer diante da vida linda.
Morar, ao final, na raiz de uma lua.
Quero morrer e ser ainda.

20/12/08

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