sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sinto o gosto amêndoa em meu palato alto,
Reluzindo suas abóbadas, pele de ouro.
Sonhando queimar-te de dor, meu tesouro,
Meu coração já derrete seu salto.

Demasiado sabor asfixiado, firme em minhas mãos,
Dono dos aromas turcos enterrados n'areia,
Teu corpo explícito e diamante, explode!
Como pode? Derrama, em demasia, poeira.

Amo e detesto esta esfínge, de cabelos fáceis e negros.
Cheguei até a provar teu seio. Pobre de mim, fraquejo.
Por que sonho? Por que vejo-te, por que quero-te,
Dor que sustento, esqueço, o olhar?

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