sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Eu preciso saber onde você mora,
Quero tua sala de estar e tua cama,
"Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar"...
Não quero as mediações eletrônicas de cobre e aço,
Pois isso me impede de ouvir música na tua voz...
Quero beijar-te até que a tua boca
Troque de lugar com a minha, sem pedir licença.
Quero chorar a chuva na sua frente, como um bebê faminto.
Cansei de ser infinito...
Apenas quero parar...
Estacionar.
Em cima de você, da sua acidez, das suas promessas.
Quero morrer na tua vida...
Quero vida para morrer...
Quero beijos...
E teu endereço grafado num poema bêbado, cheio de sexo e aromas.
Sentir teus seios em meu peito
Quando te apertar de saudade, uma saudade de homem.
E mesmo com meu hálito amargo de solidão,
Que eu possa te dizer nos olhos que amo teu umbigo,
Pois o meu está demasiado só, perdido no meio de mim.
Vem pra mim...
Traga o vinho...
Traga os versos...
Traga amigos, bons e delicados... não gosto dos rudes.
Fique em silêncio ao meu lado por 500 horas...
Diga a todo mundo que tua mão apertou meu pescoço,
E tuas pernas conferiram as minhas num abraço perfeito...
Pois te amo...

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