sexta-feira, 12 de março de 2010

Estas flores, enterradas em minha pele,
Ferem, mas apenas
Querem ser palavras
Pequenas.
Platinas.
Um grito agudo... e tão mudo.
Que encontra na morte
A presença, essência,
Da colméia da vida.
Querida.
Pobres flores partidas, paridas.
Apartadas do silêncio...
(o meu, o teu)...
Esqueleto de terra batida
Sopra esse tal de coração,
Que me recebe, e convida
Para um banho,
Banho de vida...
Sóbria, loucamente.
Ébria...
Feita de cobre, silvestres
Morangos... um aroma nobre
Que me sobe as pernas,
Penas... Gelo de plumas
Ácidas como chumbo,
Mais solitárias que o mundo...
Um, dois, três...
Sumo.

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