Inveja
Desgraça
Baderna
Bedelho
sábado, 20 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
Poesia presa
É um canto de mágoa.
Deságua na carne
Um pranto, uma chaga.
Imprime dos olhos
Uma lua sem prata,
Uma gargalhada entalada
No gargalo da agonia.
Poesia presa.
Presa por um bixo perigoso.
Prosa de uma página vazia.
Farsa de um louco desamoroso.
Queda livre ardentemente fria
Em direção a um fígado quente
E a espora de um escorpião
Pior, muito pior que dor de dente,
Ou que um prego no coração.
Poesia presa.
No ventre de uma enguia.
Ébria no afeto, atravancando
Dromedários no deserto.
Um explosão de lama
Na barriga mole de um feto.
Desgarrado de sua trama
Ele gira e torna-se cego.
Como um monstro que não ama.
Poesia presa no ego.
É um canto de mágoa.
Deságua na carne
Um pranto, uma chaga.
Imprime dos olhos
Uma lua sem prata,
Uma gargalhada entalada
No gargalo da agonia.
Poesia presa.
Presa por um bixo perigoso.
Prosa de uma página vazia.
Farsa de um louco desamoroso.
Queda livre ardentemente fria
Em direção a um fígado quente
E a espora de um escorpião
Pior, muito pior que dor de dente,
Ou que um prego no coração.
Poesia presa.
No ventre de uma enguia.
Ébria no afeto, atravancando
Dromedários no deserto.
Um explosão de lama
Na barriga mole de um feto.
Desgarrado de sua trama
Ele gira e torna-se cego.
Como um monstro que não ama.
Poesia presa no ego.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Estas flores, enterradas em minha pele,
Ferem, mas apenas
Querem ser palavras
Pequenas.
Platinas.
Um grito agudo... e tão mudo.
Que encontra na morte
A presença, essência,
Da colméia da vida.
Querida.
Pobres flores partidas, paridas.
Apartadas do silêncio...
(o meu, o teu)...
Esqueleto de terra batida
Sopra esse tal de coração,
Que me recebe, e convida
Para um banho,
Banho de vida...
Sóbria, loucamente.
Ébria...
Feita de cobre, silvestres
Morangos... um aroma nobre
Que me sobe as pernas,
Penas... Gelo de plumas
Ácidas como chumbo,
Mais solitárias que o mundo...
Um, dois, três...
Sumo.
Ferem, mas apenas
Querem ser palavras
Pequenas.
Platinas.
Um grito agudo... e tão mudo.
Que encontra na morte
A presença, essência,
Da colméia da vida.
Querida.
Pobres flores partidas, paridas.
Apartadas do silêncio...
(o meu, o teu)...
Esqueleto de terra batida
Sopra esse tal de coração,
Que me recebe, e convida
Para um banho,
Banho de vida...
Sóbria, loucamente.
Ébria...
Feita de cobre, silvestres
Morangos... um aroma nobre
Que me sobe as pernas,
Penas... Gelo de plumas
Ácidas como chumbo,
Mais solitárias que o mundo...
Um, dois, três...
Sumo.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Difícil escrever o amor.
São palavras de ilusão.
São imagens tão perfeitas
De uma história nada feita.
Nessa triste gargalhada
A confusão está armada.
Pois espera-se uma casa
E o que se ganha além de nada?
Sofre o corpo pelas horas
Por ter medo de ir embora.
Este amor é uma trava,
Ilusão maior da palavra.
Como silenciar o pranto
Que vigora no desencanto?
Sei que tentas, sei que choras
A verdade está, como sempre, fora.
E não há mais que a verdade
No toque macio da liberdade.
Em mim, destruo tudo...
Pois tudo que sou não me pertence.
Entreguei tudo as mãos tuas
Desejando retornar ao teu ventre.
Mas este espaço tão bonito
Não é meu, eu acredito.
E não há nada nesse mundo
Que chore mais que meu umbigo...
São palavras de ilusão.
São imagens tão perfeitas
De uma história nada feita.
Nessa triste gargalhada
A confusão está armada.
Pois espera-se uma casa
E o que se ganha além de nada?
Sofre o corpo pelas horas
Por ter medo de ir embora.
Este amor é uma trava,
Ilusão maior da palavra.
Como silenciar o pranto
Que vigora no desencanto?
Sei que tentas, sei que choras
A verdade está, como sempre, fora.
E não há mais que a verdade
No toque macio da liberdade.
Em mim, destruo tudo...
Pois tudo que sou não me pertence.
Entreguei tudo as mãos tuas
Desejando retornar ao teu ventre.
Mas este espaço tão bonito
Não é meu, eu acredito.
E não há nada nesse mundo
Que chore mais que meu umbigo...
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