sábado, 3 de abril de 2010

Vem a lua nova, vem a nova era.
Vem o novo prato de trigo para os
Três tristes trapezistas de meu nariz
E esta curva de ombro trás cor às sombras,
Respira no fundo do mar, no fundo da nuvem.
Dá a força do meu trabalho, de parto, de perto,
Do porto em que desaguo nú e aberto,
Como um peito cheio de saudade, meio certo,
Meio estúpido, meio sábio. Um sábio sem Rei,
O Rei sábio sem graça, enquanto sem sua cachaça...
Delicado em seu castelo de açúcar e graxa,
Tão impermanente, de sal, idade e muitos dentes.
Vem um vento, vem um sino. Eu, tentador de mim,
Me ensino a rezar na água da janela,
Me doura o sorriso do tempo dela.
Será que ainda espera, flores de "será?", em mim?
Vem melhorar este olhar, flor de vênus e capim.

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